terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sistema Reprodutor Masculino

  O sistema genital masculino compõe-se das seguintes estruturas: testículos, epidídimos, canais deferentes, visículas seminais, próstata, canal ejaculatório, glândulas bulbouretrais e pênis.
    Testículos: são as glândulas sexuais masculinas.Encontram-se envolvidos pelo escroto ou bolsa escrotal, situada na parte superior do intervalo entre as coxas. No interior de cada testículo existem dezenas de pequenos compartimentos chamados lóbulos testiculares; onde os espermatozóides são produzidos. Preenchendo o espaço entre os túbulos seminíferos encontram-se as células de Leydig ou células intersticiais, produtora de hormônio masculino.


 
   Epidídimo: formados nos túbulos seminíferos testiculares, os espermatozóides passam para o epidídimo, que é um tubo enovelado situado na porção superior do testículo e onde os gametas masculinos permanecem temporariamente armazenados.
   Canal deferente: um tubo longo no qual são descarregados os líquidos seminal e prostático. O líquido seminal - que tem a função nutritiva para os espermatozóides - é produzido pelas vesículas seminais, duas bolsas membranosas situadas atrás da bexiga urinária. O líquido prostático - leitoso e alcalino que contribui para neutralizar a acidez das s
ecreções vaginais e promove um aumento da motilidade e da fertilidade dos espermatozóides - é produzido pela próstata. A próstata é um órgão cônico, do tamanho de uma avelã, situado abaixo da bexiga. O esperma ou sêmen é constituído por espermatozóides e pelo conjunto desses dois líquidos.  

   Canal ejaculatório: Do canal deferente os espermatozóides passam para o canal ejaculatório e daí para o interior da uretra.
   Pênis: Órgão masculino de cópula, o pênis é uma estrutura relativamente flácida, quando não se encontra estimulado. Uma vez estimulado, suas artérias se dilatam e uma grande quantidade de sangue fica retida em certos espaços de natureza esponjosa: isso torna o pênis rijo e ereto, fato que permite a sua penetração na vagina, durante ato sexual. O pênis abriga em seu interior a uretra, canal por onde o sêmen é projetado para fora do corpo masculino durante a ejaculação. No homem a uretra exibe dupla função, uma vez que por ela ocorre eliminação de urina e também de sêmen
.


A produção de espermatozóides (espermatogênese)
   Os túbulos seminíferos testiculares são revestidos por um epitélio que contém as células espermatogônias,responsáveis pela produção de espermatozóides.
   As espermatogônias são células diploídes (2n) que proliferam intensamente por mitose, originando células também diploíde. Algumas dessas células ficam ligeiramente maiores e são chamadas espermatócitos primários ou de primeira ordem (também 2n).
   Cada espermatócito de primeira ordem sofre meiose e originam, após a meiose I, dois espesmatócitos secundários ou de segunda ordem, haplóide (1n). Os espermatócitos completam a meiose, originando espermátides haplóides. Assim, cada espermatócito primário origina quatro espermátides.
   As espermátides formadas passam por um processo de diferenciação chamado espermiogênese, transformando-se em espermatozóides.

A regulação hormonal
   Os testículos são glândulas endócrinas. Assim, essas estruturas produzem hormônios, que, no caso, acham-se intimamente associados ao mecanismo reprodutor. Mas a atividade dos testículos é regulada por hormônios liberados pela adenoipófise.
   No homem, o hormônio folículo-estimulante (FSH) da adenoipófise promove a maturação dos espermatozóides nos túbulos seminíferos. E o hormônio estimulante de células intersticiais (ICSH), também produzido pela adenoipófise, atua sobre as células intersticiais estimulando-as a produzir o hormônio masculino testosterona.
   A testosterona estimula o impulso sexual e é responsável pelo desenvolvimento das características secundárias masculinas, como tonalidade da voz, aparecimento de pêlos, etc.


Sistema Reprodutor Femino

   Compõe-se basicamente das seguintes estruturas: ovários, tubas uterinas, útero e vagina.
   Ovários: são duas glândulas sexuais femininas. Localizam-se na parte inferior da cavidade abdominal, um de cada lado do útero. No interior dos ovários existem milhares de folículos. Cada um deles é formado por um ovócito-célula fértil -, envolvido por inúmeras células estérieis denominadas células foliculares. Na mulher, a cada 28 dias mais ou menos, um dos folículos ovarianos passa por um processo de maturação, e o ovócito se converte em óvulo - o gameta feminino. O óvulo é então expelido do ovário e capturado pelas fímbrias, espécie de franjas, da tuba uterina.
   Tubas uterinas: são tubos musculares e flexíveis que comunicam os ovários com o útero.
   Útero: é o órgão muscular de parede espessa, com cerca de 7,5cm de comprimento e 5cm de largura, em estado normal não-gravídico. A porção muscular da parede uterina é denominada miométrio; internamente, a parede é revestida por uma membrana mucosa chamada endométrio, onde o embrião se instala.
   Vagina: É um canal com 10 a 15cm de comprimento, situado entre a bexiga urinária e o reto. Representa o órgão de cópula feminino.
   Denomina-se vulva à genitália externa feminina. A vulva compreende basicamente as seguintes estruturas:

  • Grandes lábios: pregas de tecido adiposo recoberto com pele;
  • Pequenos lábios:pregar da pele localizadas medialmente aos grandes lábios;
  • Clitóris: órgão erotizante com capacidade erétil;
  • Hímen: membrana delgada que pode estar ausente; quando presente, reveste total ou parcialmente óstio(cavidade) vaginal; logo, anatomicamente, o hímen não pode ser considerado critério para a virgindade.






A produção de óvulos (ovogênese)

   A ovogênese ocorre no interior dos ovários e inicia-se na vida intra-uterina, quando ovogônias diplóides existentes no ovário iniciam o mecanismo meiótico. Mas a meiose é interrompida e as células em reprodução entram em uma espécie de "dormência", que se estende até a puberdade.
   Quando se atinge a maturação sexual, na puberdade, a meiose prossegue sob estímulo hormonal. entretanto cada ovogônia (2n) existente no ovário que sofreu meiose origina apenas um óvulo fértil, as outras células formadas, chamadas glóbulos polares (1n), degeneram. 

   Ao atingir a maturação, o folículo ovariano, agora denominado folículo de Graaf, cresce e promove o rompimento da superfície ovariana. O óvulo é então expelido do ovário, configurando o fenômeno da ovulação; em seguida é capturado pelas fímbrias da tuba uterina.
   Na ovulação, o óvulo eliminado do ovário ainda é imaturo. Se ele não for fecundado em cerca de 24 horas, degenerará; a meiose só se completa se esse óvulo imaturo for fecundado. Assim, na espécie humana, o termo óvulo, comumente utilizado, é de fato um ovócito secundário, um "óvulo imaturo".


Fecundação

   Compreende o processo de penetração do espermatozóide no óvulo e a conseqüente fusão dos núcleos masculino e feminino (haplóides), formando a célula-ovo ou zigoto (diploíde).
   Na ejaculação, em condições normais, um homem libera cerca de 300 milhões de espermatozóides no canal vaginal. Os gametas masculinos atingem o útero e alcançam a tuba uterina, onde, encontrando o óvulo, este é fecundado.
   Após a fecundação, o zigoto um pequeno embrião que percorre a tuba uterina e se instala no endométrio, caracterizando a nidação.

A regulação hormonal

   Assim como os testículos, os ovários são glândulas endócrinas e sua atividade é regulada por hormônios liberados pela adenoipófise.
   No início de cada ciclo menstrual, a adenoipófise lança no sangue feminino o FSH (homônio folículo estimulante). Este determina no ovário a maturação de um folículo ovariano.
   Sob o estímulo do FSH, geralmente um ovócito reinicia o mecanismo meiótico; as células foliculares passam então a produzir quatidades significativas de estrógenos. Uma vez no sangue, os estrógenos atuam na hipófise, inibindo a produção do FSH e estimulando a produção do hormônio luteinizante (LH). Os estrógenos atuam no desenvolvimento da mucosa uterina (endométrio), estimulando o crescimento do útero a das mamas.
   O LH, atua no ovário, onde estimula a ovulação. Após a ovulação, muitas células foliculares permanecem no interior do ovário e, sob o estímulo do LH, passam a produzir um lipídio amarelado (luteína), transformando-se no corpo lúteo ou amarelo.
   Ainda sob o estímulo do LH, o corpo lúteo passa a produzir a progesterona, hormônio que atua no útero, completando o desenvolvimento do endométrio e inibindo-lhe as contrações. Além disso, a progesterona atua na hipófise, bloqueando a síntese de FSH e de LH; nas glândulas mamárias, estimula o crescimento das regiões secretoras de leite.






 


   Se o óvulo não for fecundado, depois de algum tempo diminui o nível de progesterona no sangue. Inicia-se portanto, o fluxo menstrual, fato que indica a não ocorrência de fecundação. Se o óvulo for fecundado, o embrião percorre a tuba uterina e se instala no útero, configurando o que se chama de nidação - células do embrião passam a produzir homônio gonadotrofina coriônica, que estimula a produção de progesterona pelo corpo lúteo, mantendo a gravidez.



O Ciclo menstrual

   A Primeira menstruação (menarca) ocorre normalmente na puberdade e o fenômeno repete-se até a mulher atingir a menopausa (geralmente ao redor dos 50 anos). A menopausa marca o fim da atividade menstrual

   O Ciclo Menstrual acontece de forma gradativa . Considera-se como primeiro dia do ciclo aquele em que o fluxo menstrual inicia; e último dia do ciclo aquele que antecede o inicio do próximo fluxo. O ciclo tem, normalmente, duração de 28 dias, embora possa variar de 20 a 40 dias ou até mais.
   A ovulação ocorre cerca de 14 dias antes do início da menstruação. Assim, uma mulher com ciclo de 28 dias ovulará por volta do 14º dia do ciclo. Se a periodicidade do ciclo for de 40 dias, a ovulação ocorrerá em torno do 26º dia do ciclo; ciclos de 21 dias terão ovulação por volta do 7º dia do ciclo.
   Levando em conta que o óvulo pode manter-se viável por cerca de um dia após a ovulação, que a ovulação pode atrasar ou adiantar um determinado ciclo e, ainda que os espermatozóides podem manter-se viáveis por aproximadamente dois dias no corpo feminino, é possível prever o período fértil de uma mulher com ciclo menstrual regular da seguinte maneira: calcula-se o dia provável da ovulação, contando catorze dias antes da data marcada para o início da menstruação: contam-se então três dias antes de três dias depois do dia  revisto para a ovulação. Esse período de mais ou menos uma semana é chamado é chamado de período fértil, ou seja o período em que a mulher tem mais chances de engravidar ao manter relação sexual.