Reprodução
Reprodução é uma das características gerais dos seres vivos. Ela é fundamental para a preservação da espécie, mas não é necessária para a sobrevivência do indivíduo.
Em nível molecular, a reprodução esta relacionada à capacidade ímpar de o DNA se duplicar de forma semiconservativa, proporcionando que as células resultantes tenham cópias das moléculas originais do DNA.
Os seres vivos apresentam vários tipos de reprodução, que podem se agrupados em duas grandes categorias, quando não considerados os vírus: a reprodução assexuada e sexuada. Os vírus são casos à parte e não estudados nesse momento. Aqui vamos comentar alguns tipo de reprodução assexuada e sexuada.
Reprodução Assexuada
Os indivíduos que surgem por reprodução assexuada são geneticamente idênticos ao que lhes deu origem e são geneticamente idênticos entre si. São, portanto, clones do indivíduos inicial. Os descendentes só terão patrimônio genético diferente se sofrerem mutação, ou seja, alteração na sequência de bases nitrogenadas em alguma molécula de DNA, ou alteração no número e na forma dos cromossomos.
Se comparada com a reprodução sexuada, a reprodução assexuada é mais simples, mais rápida e energeticamente menos custosa.
Vários são os grupos de seres vivos que se reproduzem assexuadamente e vários são os tipos de reprodução assexuada. Vamos comentar apenas alguns deles.
Nos procariontes só há reprodução assexuada e a forma mais comum é a bipartição (bi = dois), nome que descreve exatamente o que está acontecendo: de uma célula inicial, surgem duas menores, uma do mesmo tamanho que a outra. Esse processo também é chamado cissiparidade (do latim scissus = separado, fendido; parese = reproduzir, parir) e divisão binária.
A bipartição ocorre nos procariontes sem envolver a mitose.
Nos eucariontes há grupos que fazem apenas reprodução assexuada, caso das amebas, mas na maioria há reprodução assexuada e sexuada.
Os termos bipartição, cissiparidade e divisão binária citados para procariontes, podem ser aplicados à reprodução assexuada em unicelulares eucariontes, mas nesses casos há mitose.
Unicelulares eucariontes também podem apresentar outro tipo de reprodução assexuada - brotamento ou gemiparidade -, processo no qual o indivíduo inicial produz um broto geneticamente idêntico. O broto cresce e geralmente se destaca, passando a ter vida independente.
O termo brotamento também é aplicado para casos de reprodução assexuada em multicelulares eucariontes. É o que se verifica, por exemplo, na hidra, um pequeno animal que vive em gás doce.
Nas plantas, há várias formas de reprodução assexuada. Um caso bastante estudado é o da batata. Você já deve ter notado que alguns tipos de batata apresentam o que se chama popularmente de olhos, que são, na realidade, gemas, estruturas formadas por células indiferentes capazes de intensa divisão mitótica e que podem originar uma nova planta.
Reprodução Sexuada
Na reprodução sexuada, duas células haplóides especializadas (gametas) ou dois núcleos haplóides especiais se fundem, formando um célula-ovo ou zigoto diplóide. Por mitoses sucessivas o zigoto dá origem a um novo indivíduo. Vimos, no entanto, quem em certo grupos de seres vivos, como é o caso dos fungos, o zigoto não forma um novo indivíduo, mas sofre meiose imediata, e origina esporos haplóides. São lestes que, por mitoses sucessivas, formarão novos indivíduos.
Nos animais a meiose está relacionada com a formação de gametas (espermatozoide e óvulo), enquanto nas plantas, com a formação de esporos.
Geralmente, os espermatozoides são muito menores do que os óvulos, e sua morfologia está relacionada com o deslocamento: na maior parte dos casos possuem formato hidrodinâmico, com uma longa cauda utilizada na propulsão.
Os óvulos animais são geralmente células grandes e imóveis, que contêm reserva de nutrientes para o desenvolvimento do embrião. Esses nutrientes compõem o vitelo.
Por haver mistura de material genético, os indivíduos resultantes da fecundação não são iguais aos pais, mas sim semelhantes a eles, e não são iguais entre si, a não ser em casos de gêmeos idênticos.
O modo sexuado de reprodução, apesar de mais custoso energeticamente que a reprodução assexuada, traz vantagens evolutivas e é o mais amplamente difundido entre os diferentes grupos de seres vivos.
Se o ambiente fosse completamente estável, sem sofre alterações ao longo do tempo e do espaço, a reprodução assexuada seria muito vantajosa, pois preservaria as características dos organismos para uma dada condição ecológica. Essa entretanto, não é a realidade.
O ambiente sempre pode apresentar alterações e uma modificação desfavorável pode eliminar de uma só vez toda a população se ela for formada por indivíduos geneticamente idênticos.
Em populações em que há reprodução sexuada, esse processo não deve ocorrer, pois a variabilidade genética entre os indivíduos é maior. A alteração ambiental pode afetar parte de população, mas sobrevive graças a variações no material genético que propiciam condições de sobrevivência.